ODILON RIOS
Repórter
Depois da visita do ministro da Integração Nacional, Pedro Brito, na semana passada, quando anunciou verbas para Alagoas de R$ 120 milhões do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), o Estado receberá desta vez do ministro das Cidades, Márcio Fortes.
Fortes tem agenda confirmada na próxima segunda-feira, 12, para lançar projetos na área habitacional e a liberação de mais verbas. Ele também virá ao Estado para dar início à construção de casas populares.
Através da Caixa Econômica Federal, o governo alago ano vai construir duas mil casas populares utilizando-se do Programa de Arrendamento Residencial (PAR), para os servidores públicos. Segundo Vilela, mais casas serão anunciadas pelo Ministério das Cidades.
"Nosso programa de governo quer construir, no mínimo, 40 mil casas", disse o governador. Apesar do número expressivo, ele está bem abaixo do déficit habitacional de Alagoas, que é de 100 mil casas.
PRESTAÇÕES MENSAIS
O anúncio da parceria governo Caixa foi feito ontem pelo governador Teotônio Vilela Filho e pelo superintendente geral do banco, Paulo Sérgio. Cada imóvel deverá custar entre R$ 30 mil e R$ 40 mil, para uma prestação mensal inicial de R$ 150, em um prazo de 15 anos.
Terá direito a esse beneficio funcionário que recebe até quatro salários mínimos e não possui casa própria. Segundo o diretor-geral da Agência Alagoana de Habitação e Urbanismo (AGAHU), Marcos Fireman, o órgão ficará responsável pelo cadastro dos interessados. "Estamos viabilizando, o mais rápido possível, as exigências burocráticas dessa parceria, para iniciarmos a operacionalidade das inscrições", enfatizou, acreditando que isso pode acontecer no próximo mês de março.
As casas serão custeadas com recursos federais, e o próprio ministro Márcio Fortes é quem dará detalhes dos imóveis, que serão construídos ainda neste ano, para beneficiar moradores de baixa renda do Distrito Industrial, que têm como renda até um salário mínimo.
COMEÇO DAS OBRAS
A expectativa é a de que essas obras sejam iniciadas no máximo em 120 dias e que sejam concluídas em um ano. "Vamos dar prioridade a quem mora em habitações precárias", disse Fireman. "Temos um estudo que comprova que 85% do déficit habitacional são de pessoas que recebem até um salário-mínimo", destacou. Segundo ele, mais casas populares serão construídas com recursos da Caixa Econômica Federal.
"Será o conjunto residencial Cidade Verdejante, com 790 casas, e o conjunto residencial Craibeiras 2, com mais 719", informou Fireman, acrescentando que ambos serão construídos em áreas do Benedito Bentes, pertencentes ao Estado. "Todas essas obras estão em fase de licitação e com prazo máximo de 120 dias para serem iniciadas", reafirmou. "A Caixa Econômica é um parceiro importante para que o governo possa atacar de frente o problema do déficit habitacional no Estado", salientou.
CIDADES RIBERINHAS
A revitalização da Bacia Hidrográfica do São Francisco também está incluída no PAC. Para as cidades ribeirinhas ao Velho Chico, em Alagoas, estão previstas obras de saneamento básico e ambiental, coleta e tratamento de esgoto sanitário, macrodrenagem, resíduos sólidos, reflorestamento, recuperação de mata ciliar, contenção de desmoronamento de barreiras, controle de processos erosivos e melhoria da navegabilidade. O custo será da ordem de R$ 1,3 bilhão.