Alagoas marca sua reestréia no competitivo mercado de transformação do plástico, após quase 10 anos de tentativas frustradas – com projetos que não emplacaram -, com o pé direito. O governo de Teotônio Vilela Filho (PSDB) acaba de acertar com a empresa paulista Plásticos VipaI S/A, uma das maiores transformadoras de PVC do Pais, a implantação de uma indústria de casas populares no Estado, com tecnologia à base dos termoplásticos, que vai reforçar o fechamento da Cadeia Produtiva Químico-Plástico (CPQC). O acordo tem como madrinha a Braskem – maior planta de cloro e soda da América Latina -, que será a indústria-base fornecedora da CPQC.
OS valores ainda não foram fechados, mas a Braskem está bancando R$ 100 mil no projeto executivo da construção de 4 mil casas populares em Alagoas , todas em PVC, que será a contrapartida da Vipal.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Luiz Otávio Gomes, afirmou à Gazeta que está tudo acertado e, em até 40 dias, estará pronto o projeto de construção das casas de PVC.
"É um fato concreto. Foi um acordo triangular entre o governo, a Braskem e a Vipal. Os três estão absolutamente acertados. A chegada da Vipal será um marco na formação da cadeia produtiva da química e do plástico", afirma Luiz Otávio.
A Vipal, inclusive, já está exibindo no seu site (www.plastic osvipal.com.br) a chamada "casa alagoana", que também tem um protótipo para ser visto pelo público em Maceió, no pátio do Senai.
A Vipal já tem plantas industriais no Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Pernambuco, onde fabrica entre outras soluções para a construção civil, portas sanfonadas, fornos modulares e divisórias em PVC.
A ordem de serviço para a construção das casas deve ser assinada na Brasilplast, terceira maior feira de plástico do mundo, no Pavilhão de Exposições Anhembi, em São Paulo, de 7 a 11 de maio, com a presença do governador Teotônio VileIa Filho.
De acordo com o secretário Luiz Otávio, o Estado de Alagoas terá um estande exclusivo para a apresentação do Caderno de Oportunidades, que vai mostrar as vantagens de se invertir na CPQP.
OURO
A corrida pelo "ouro" chamado PVC, Policloreto de Vinila e compostos similares, e sua transformação em produtos acabados, fez com que a indústria brasileira do plástico fechasse 2006 com um faturamento bruto total de R$ 37,5 bilhões, em um segmento que emprega mais de 250 mil pessoas, e uma participação no PIB de 1,6%.
Para Alagoas, será uma luta de titãs. Se por um lado, o governo garantiu o apoio de infra-estrutura e logística de uma gigante do ramo – a Braskem -, do outro estão nossos Estados vizinhos, Pernambuco e Bahia, que já têm pólos de transformação do plástico, com resultados espetaculares.