Apesar da redução ser considerada significativa em termos de mercado, o candidato à casa própria não vai sentir grande diferença na hora de dividir seu saldo devedor em longas parcelas de vinte anos.
O JORNAL pediu à Caixa Econômica Federal para fazer uma projeção com a antiga taxa e a atual para verificar o tamanho real da redução. Segundo cálculos do gerente de Habitação, KIeber Jurema, um saldo devedor de R$ 40 mil financiado em 240 meses, gerava uma parcela mensal de R$ 507,27 com juros de 8,66%. Pela taxa reduzida esse valor cai para R$ 490,61, uma diferença de apenas R$ 16,66 e uma diminuição de 3,3% na prestação.
O valor pode fazer diferença no final do financiamento, mas não muda muito a situação do candidato à compra, que faz seus cálculos baseado na suas despesas mensais.
Se o corte de juros não causa esse impacto, por outro lado, há um grande incentivo na oferta de imóveis para a classe média. Segundo KIeber Jurema, a nova taxa deve ampliar o número de unidades habitacionais oferecidas para esse público aqui em Alagoas.
"Acreditamos que a redução da taxa vai aumentar a procura por financiamentos sendo assim, a produção de unidades para atender a essa demanda também deve crescer", prevê o gerente de habitação da Caixa.
Ele conta que as construtoras locais já começaram a manifestar mais interesse por esse tipo de imóvel. "Temos atendido diversas consultas sobre o tipo de imóvel que é mais procurado nas agências da Caixa. Já identificamos que a procura maior se dá por imóveis até R$ 60 mil. Essa informação leva os empresários a desenvolverem projetos que atendam a essa demanda", acredita.