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Lixão começa a ser desativado

16 de agosto de 2007

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A desativação do lixão começará num prazo de 30 dias, com a criação de uma célula sanitária na área que funciona hoje como depósito de todo o lixo produzido em Maceió. O projeto terá uma estrutura semelhante a de um aterro sanitário, mas que ainda ficará rodeado de favelas e de entulhos.
Segundo o assessor técnico da Slum, Álder Flores, a célula vai receber apenas o lixo domiciliar produzido na capital, o que dá uma média de 470 toneladas por dia. "Serão feitas escavações e o solo será impermeabilizado. Vamos ainda colocar drenos para os gases e o chorume", ressaltou o técnico, acrescentando que será uma forma de minimizar a situação do lixão, enquanto o aterro sanitário não fica pronto.
Flores ressaltou ainda que somente poderão trabalhar na nova célula os catadores cadastrados e uniformizados, não havendo qualquer possibilidade da entrada de crianças no local. Para facilitar o controle haverá apenas uma única entrada, por onde também irão transitar os caminhões compactadores de lixo.
O secretário Lauriano Omena garantiu aos catadores que, após a instalação do aterro sanitário, eles não ficarão desprovidos da renda retirada pela cata do lixo. "As usinas de reciclagem e de compostagem serão construídas onde hoje funciona o lixão. Os resíduos somente irão para o aterro depois de ter sido feita essa seleção", explicou o superintendente.
Apesar das garantias da Slum, os representantes dos catadores ainda observam a desinstalação do aterro com receio. Eles temem ficar sem o emprego e exigem mais apoio por parte da Prefeitura de Maceió para o tra¬balho que será feito na célula.
"Hoje, em média 600 pessoas dependem da cata do lixo e não tem como ficar tranqüilo com essa mudança. Temos que ter um apoio maior, já que até o fardamento que será usado para trabalhar na célula nós teremos que comprar", justificou Givanildo Otávio da Silva, que representa os catadores.
Um levantamento da Slum, no entanto, mostra que apenas cerca de 200 pessoas estão cadastradas como catadores. O conflito entre os números, argumentou Lauriano Omena, deve-se ao fato de que muitos vão para o lixão a fim de trabalhar apenas durante o período de entressafra da cana-de-açúcar.

POLÊMICA
Apesar das críticas dos setores do turismo, imobiliário e de moradores de Guaxuma, Lauriano Omena confirmou a instalação do aterro sanitário no Litoral Norte da capital. Entretanto, afirmou que o depósito ficará numa área distante cerca de 3,3 quilômetros da praia em linha reta e que fica entre os bairros de Guaxuma, Jacarecica e Benedito Bentes.
"O projeto é para a construção de um aterro moderno e que não vai provocar danos ao meio ambiente e muito menos à economia. O que não podemos é continuar com um lixão contaminando toda a região e causando danos à saúde da população", frisou Lauriano Omena.
Quanto à data de construção do novo aterro, o superintendente da Slum ressaltou que aguarda o estudo topográfico da área, que está sendo feito por técnicos da prefeitura. Ele vai tentar negociar com o Ministério Público Federal a prorrogação do prazo máximo, que é até dezembro, por pelo menos mais 45 dias. Representantes dos setores da economia já haviam denunciado à Gazeta que a instalação do aterro no Litoral Norte deve provocar um prejuízo de mais de R$ 3,5 bilhões em investimentos que seriam aplicados em Alagoas. O dinheiro deixaria de ser investido na, construção de grandes condomínios de luxo e de hotéis.
Proprietários dos imóveis onde está previsto a construção do aterro sanitário também já ressaltaram que não têm qualquer interesse em vender suas propriedades para a prefeitura, muito menos ver as áreas desapropriadas.

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É com imensa gratidão que queremos expressar nossos mais sinceros…

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