O setor de Material de Construção deve ter um crescimento de 8% em 2007, segundo previsão da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco). O segmento fechou o ano de 2006 com alta de 5,5% sobre 2005, o que corresponde a um faturamento de R$ 36,39 bilhões, graças a fatores como a diminuição dos juros e o aumento da oferta de crédito, que melhora as possibilidades de compra para os clientes das grandes lojas.
Em dezembro, o setor, reunido através da União Nacional da Construção (UNC), apresentou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva um plano de desenvolvimento para o País, com base nos investimentos na construção civil e infra-estrutura, assumindo o compromisso de se responsabilizar por 2,4% dos 5% que o Brasil quer crescer nos próximos 4 anos. "O presidente deixou claro que a área habitacional será prioritária para o governo e deve anunciar ainda este mês um novo pacote de incentivos ao setor. Tudo isso nos dá a certeza de que 2007 será um ano muito promissor para o nosso segmento. Só o varejo de material de construção deve gerar 90 mil vagas de trabalho em função da abertura de novas lojas e visando a melhoria do atendimento ao consumidor", afirma Cláudio Conz, presidente da Anamaco.
Segundo ele, apesar dos bons projetos do governo federal e de todas as medidas tomadas para incentivar a cadeia produtiva da construção, esse passo ainda é muito pequeno frente a um déficit habitacional de 8 milhões de moradias, que pode chegar a 16 milhões se levarmos em conta a qualidade das residências brasileiras. "Sabemos que será um trabalho de formiguinha, mas o governo está muito disposto a atuar em parceria com o setor empresarial. Além disso, da nossa parte, vamos trabalhar a redução do ICMS incidente sobre os materiais de construção nos Estados e desenvolver uma série de ações visando também à desburocratização existente no nosso setor, principalmente no tocante aos financiamentos", completa.
Ainda de acordo com Conz, em 2007 deve aumentar o número de novas construções no País, já que 50% dos recursos do FGTS serão investidos, obrigatoriamente, em novas obras.