O nível da construção civil na capital alagoana tem se elevado continuamente nas últimas décadas. Isso se deve à evolução das técnicas construtivas, acabamento, especialmente na área residencial, e mudanças no conceito de projetos. Foram decisivos para o melhoramento da qualidade imobiliária no estado os programas de aperfeiçoamento e certificação do ISO, além da contribuição de entidades como Senai, Sebrae e ADEMI-Al.
Segundo Cláudio Bergamini, ex-presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil – secção Alagoas (IAB-Al), a arquitetura imobiliária de Maceió é muito superior à de algumas capitais brasileiras que ainda estão no período neoclássico da arquitetura, embora utilizem materiais e técnicas contemporâneas. “Na década de 1980, os edifícios residenciais de Maceió não podiam ser comparados aos das demais capitais brasileiras, o acabamento era semelhante ao dos conjuntos habitacionais do Rio de Janeiro e São Paulo. Hoje a construção civil de Maceió não fica a dever em nada, comparada a essas capitais, a evolução foi rápida e contínua”, explica Bergamini.
O mercado de arquitetura imobiliária também apresenta um elevado nível profissional e se firma como um diferencial, comparado a outras capitais do Nordeste. Assim, contribui para evidenciar novos hábitos e comportamentos no conceito de moradia da população como um todo, especialmente a partir do uso de novas tecnologias. “Embora Maceió apresente uma arquitetura de qualidade e bons profissionais, nossa remuneração não é condizente com os benefícios gerados”, observa o arquiteto.
Alagoas possui aproximadamente 700 arquitetos atuando no mercado, desses, em média, 500 são filiados à IAB-Al. A atividade desses profissionais é desenvolvida, em 90% dos casos, de forma autônoma, seja como pessoa física ou com escritórios de arquitetura. “As possibilidades de emprego para arquitetos em Alagoas estão mais presentes em órgãos públicos, que nem sempre cumprem a lei no que diz respeito ao salário mínimo profissional da categoria, que é de dez salários mínimos para oito horas de trabalho, conforme dados da Federação Nacional de Arquitetos (FNA)”, explica.