Prezados companheiros empresários e companheiras empresárias da CBIC espalhados por cada canto deste imenso Brasil;
Caros parceiros empresários, trabalhadores e prestadores de serviços desta imensa cadeia da Indústria da Construção e do Mercado Imobiliário;
Caros parceiros públicos, das três esferas do governo e das mais diferentes áreas de atuação que interagem direta ou indiretamente com o nosso setor;
Caros parceiros do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) da Presidência da República, responsáveis pelo debate de matérias de grande interesse nacional;
Amigos e amigas da imprensa, funcionários e assessores da CBIC.
O ano de 2008 chega ao fim!
Se eu tivesse o cacoete de utilizar-me de metáforas em minhas afirmações e em meus textos, provavelmente diria que no campeonato anual da economia, em 2008, DEU ZEBRA!
Um ano que era para acabar somente em alegria, sem nenhuma surpresa, termina com lamentações, ameaça de demissões, setores inteiros inseguros e a certeza de recessão em grande parte do mundo rico e de baixo crescimento no resto do planeta.
O Brasil vinha crescendo contínua e organizadamente. A inflação estava sob controle. As contas razoavelmente em ordem. As instituições fortes e funcionando sem ameaças. A imagem externa em alta. Enfim, um bom momento para o país no caminho de sua estabilidade e maioridade definitiva.
O nosso setor, nem se fala! Prioritário para o governo a partir do PAC, com todas as suas dificuldades e "doses extras de mídia", impulsionado por um mercado imobiliário renovado e pujante e estimulado por um governo com uma alta dose de otimismo, vem crescendo ano a ano, de maneira equilibrada e madura, sendo responsável por parte importante dos bons números que o Brasil apresenta.
E aí, no último mês do terceiro trimestre, somos atropelados pela maior e mais perversa crise financeira da história dos nossos tempos, que teve origem nos países mais desenvolvidos do planeta e que acabou contaminando fortemente todos os outros países do mundo.
Muito já se disse dessa crise e, certamente, muito ainda ouviremos nos próximos meses. Espero que tenha vida curta e que, em breve, as economias dos países nos vários continentes possam trilhar de novo a curva da prosperidade.
Na nossa consciência, a convicção de que agimos dentro da velocidade e das possibilidades disponíveis para, pelo menos, minimizar os impactos maléficos deste "tsunami".
O governo prepara para 2009/2010 um novo e grande programa de obras de infra-estrutura. Define, inclusive a partir de sugestões apresentadas pelo setor, medidas para agilizar, facilitar e desobstruir as operações que andam emperradas. E, finalmente, decide implantar um projeto novo e objetivo de moradias para a população brasileira mais carente, justamente aquela que ainda não foi contemplada com nenhum programa de acesso á habitação.
Isso quer dizer, meus amigos, que 2009 será um grande e desafiador ano para nós, da Indústria da Construção.
Além do desafio normal de desenvolver bem a nossa atividade, dentro dos mais modernos conceitos de tecnologia e de sustentabilidade, temos a grande responsabilidade de garantir ao país níveis razoáveis de crescimento do PIB, capaz de compensar a perda inevitável de outros segmentos importantes da economia.
Portanto, mãos à obra, porque o Brasil depende e espera muito do nosso setor da Construção!
Ah, não se esqueçam! Apesar da ZEBRA, o nosso time da economia continua na primeira divisão e, acreditem, muito bem colocado!
Boas festas a todos!
Paulo Safady Simão
Presidente