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Crédito imobiliário atinge R$ 30 bi e bancos falam em repetir volume

16 de fevereiro de 2009

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O volume de concessão de empréstimos imobiliários para mutuários e empresas da construção civil atingiu R$ 30,048 bilhões no ano passado, de acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). O avanço em relação aos R$ 18,282 bilhões do ano anterior foi de 64,4%.

Daniela Tovianski / Valor; Luiz França, da Abecip: apesar de ser mais fraco, janeiro foi um mês bom.

Foram 299,75 mil unidades financiadas com recursos da caderneta de poupança. O patamar é recorde e supera o até então melhor ano do sistema de poupança e empréstimos, em 1981, quando os bancos deram crédito para 266,88 mil unidades.

O maior volume de recursos foi para a construção de novas unidades, R$ 16,22 bilhões, dentro do chamado Plano Empresário – quando os bancos se comprometem a repassar recursos às empresas à medida que a obra avança. Foram atendidas 162,19 mil unidades.

Para a compra de residência ou imóveis comerciais, tanto novos quanto usados, o montante liberado pelas instituições financeiras atingiu R$ 13,83 bilhões, para 137,55 mil unidades.

Nem mesmo a crise reduziu de forma abrupta os financiamentos. Em dezembro, os bancos concederam R$ 2,547 bilhões em recursos, em linha com a média mensal registrada ao longo do ano (R$ 2,504 bilhões).

Mas uma desaceleração já é sentida pelas instituições. Prova disso é que em agosto, último mês antes do agravamento da crise financeira, as concessões haviam atingido R$ 3,481 bilhões, para depois recuar, chegando a R$ 2,310 bilhões, em novembro.

Por conta da crise, Luiz Antonio França, presidente da Abecip, prefere não fazer previsões quanto ao desempenho em 2009, mas acredita que o grande número de empreendimentos com previsão de entrega para 2009 e 2010 deve garantir bons números para o setor.

"Dados mostram que aumentou o percentual de compra de imóvel usando crédito. As pessoas começaram a entender que podem comprar com financiamento", afirmou o executivo, citando dados do Creci, de São Paulo, que apontam que o percentual de aquisição de imóveis usando crédito bancário subiu de 30%, no começo de 2008, para 39,5% em outubro do ano passado.

Já o crédito para incorporadoras, na visão de França, dependerá do ritmo da economia. "As empresas estão fazendo lançamentos onde têm certeza que terão um bom índice de vendas. As construtoras estão adotando uma postura adequada". O presidente da Abecip também revelou que o mês de janeiro, apesar de sazonalmente sempre ser mais fraco, apresentou um bom desempenho nas concessões. "Apesar de ser mais fraco, foi um ano bom."

Nesse cenário, os grandes bancos já revelaram que esperam ao menos manter o mesmo volume de 2008. O Grupo Santander Brasil – dos bancos Santander e Real – espera pelo menos repetir os R$ 7 bilhões concedidos no ano passado. Já o Bradesco espera fazer outros R$ 5 bilhões em 2009, um pouco abaixo dos R$ 6 bilhões realizados no ano passado.

Ainda de acordo com França, a inadimplência está ao redor de 1,2%, para empréstimos com alienação fiduciária, e perto de 3% para os demais contratos. "Os empréstimos têm, no mínimo, uma entrada de 20%, o que dá uma segurança maior."

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