O vice-presidente da CBIC e presidente do Sinduscon-SP, Sergio Watanabe, apresentou nesta terça-feira (16), durante reunião do Conselho de Administração da CBIC, em Brasília, estudo sobre o preço do vergalhão de aço utilizado pelo setor da construção civil. De acordo com a pesquisa, o valor do vergalhão utilizado no Brasil é 79% mais caro que nos Estados Unidos; 2,55 vezes mais que na Índia e 3,02 vezes mais alto que na China. "Esse comparativo mostra o equivoco do governo em aumentar para 12% a alíquota do Imposto de Importação do vergalhão. No Brasil, em que poucos produtores dominam a quase totalidade do mercado, o que o país necessita é a queda dos preços, pela via do aumento da concorrência, até para sairmos mais rapidamente da crise. E isso só se consegue com maior exposição à importação", diz Watanabe. O estudo foi feito pelo engenheiro, professor e articulista da revista Notícias da Construção, Luiz Henrique Ceotto. Ele comparou a evolução dos preços de vergalhões de aços ligeiramente diferentes, o CA-50, utilizado principalmente no Brasil, e o ASTM Grade 60, vendido naqueles três países. Estudando o período que vai de setembro de 2004 a abril de 2009, o professor constatou que, com o crescimento da demanda, os fabricantes foram elevando os preços até 2008. Instalada a crise no ano passado, os preços declinaram. O Brasil teve o menor índice de aumento de preço do vergalhão no período de crescimento da economia global (53% contra 90% na Índia), mas por outro lado foi o país que teve a menor queda nos preços após o início da crise, de 5%, contra 90% da Índia e da China. De acordo com o Sinduscon-SP, em todo o período analisado, o Brasil teve o maior aumento residual no preço do insumo (46%), contra os EUA (20%), a Índia (25%) e a China (9%). Se o aço feito no Brasil para construção já era o mais caro do mundo em 2004, após a crise a diferença aumentou ainda mais, demonstra o estudo.