A Etiqueta de Eficiência Energética, lançada nesta semana, classifica os prédios comerciais de acordo com o seu consumo de energia e já existem previsões de incluir no projeto prédios residenciais. Com isso, o valor dos imóveis pode sofrer acréscimo.
A previsão é do presidente do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil de São Paulo), Sergio Watanabe. Como o objetivo do programa é fazer com que os projetos dos edifícios explorem ao máximo as alternativas de geração de energia é provável que haja o encarecimento, já que tais alternativas ainda são caras.
Para se ter uma ideia, gerar energia por meio de tecnologias como a heiotérmica (que utiliza o calor solar) e por meio de placas (que utilizam a luz do sol) custam entre US$ 300 e US$ 500 o quilowatt/hora, enquanto que as hidrelétricas produzem energia a um custo de US$ 100 o quilowatt/hora.
No entanto, Watanabe também acredita que esse incremento será recompensado no futuro. "Apesar do valor subir no primeiro momento, os edifícios economicamente sustentáveis devolverão esse aumento de preço durante a manutenção da edificações em seu período de vida útil", afirmou, de acordo com a Agência Brasil.
Conta de luz também pode ficar mais barata
Caso os prédios residenciais sejam incluídos no projeto, o consumidor pode ser beneficiado com uma queda na conta de luz. Para o presidente do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial), João Jornada, a etiqueta ajudará o consumidor "a escolher o melhor prédio de acordo com seus interesses de ter uma conta de energia menor".
A etiqueta faz parte do PBE (Programa Brasileiro de Etiquetagem) e classificará os prédios em níveis que vão de "A", que indica o melhor nível de eficiência energética, a "E", que indica a pior eficiência. O objetivo é incentivar a elaboração de projetos que aproveitem ao máximo a capacidade de iluminação e ventilação natural das construções, para que se consuma menos energia.
Cinco prédios do país já receberam a etiqueta de eficiência, sendo dois deles da Caixa Econômica Federal.