Sob maior atenção dos setores público, privado e de organizações não governamentais, o segmento da construção civil hoje cria mais condições de inclusão, investe em ações sociais voltadas à qualidade de vida dos trabalhadores e desenvolve políticas e parcerias para aprimorar a prevenção a doenças e acidentes laborais. Pátios de obra se abrem a mulheres. Projetos de ONGs e empresas permitem à ala feminina encarar o pesado e vencer o preconceito.
Na esfera governamental, foi criada este ano a Comissão Tripartite de Saúde e Segurança no Trabalho, dentro do âmbito do Ministério da Previdência, com representantes também das empresas e de trabalhadores.
O objetivo de fortalecer as políticas de prevenção e fiscalização acidentárias nas áreas da construção civil e também de transporte rodoviário de cargas. Com isso, foi dado um bom passo rumo ao que poderá ser chamada no futuro de construção civil sustentável.
As ações de educação e qualificação profissional são as que mais se destacam, sejam por iniciativa dos empregadores ou de entidades sem fins lucrativos.
Patrocinado inicialmente pela Petrobras e hoje pela Eletrobrás, o "Mão naMassa"- projeto lançado no fim de 2007 pelo Abrigo Maria Imaculada, no Rocha,Zona Norte do Rio- já formou 143 pedreiras, 70% estão empregadas. Durante o curso, elas recebem bolsa-auxílio, kit de ferramentas, lanche, vale-transporte e equipamentos de segurança.
"Buscamos fechar algumas parcerias, como as firmadas com empresas, as secretarias de Trabalho e Renda e o Seconci (Serviço Social da Construção Civil), para encaminhar as formadas. E também formatamos nosso próprio banco de empregos, que pode ser requisitado pelos empregadores", explica Norma Sá, coordenadora do projeto.
A empresa de estruturas de concreto Cofix está entre os parceiros do "Mão naMassa" e tem 16 operárias. A companhia mantém ainda o projeto Cosme e Damião, que qualifica funcionários e foi reconhecido por prêmio da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic). "O "Mão naMassa" já não consegue formar para suprir nossas necessidades.
A meta é ter 150 mulheres carpinteiras", diz Denise Rodrigues, diretora administrativa da Cofix.
Os Seconci"s recolhem 1% das folhas de pagamento para serviços nas áreas de saúde, educação e lazer voltados a trabalhadores e familiares. Ano passado, 7.300 empresas custearam consultas médicas de 429 mil profissionais.
A Votorantim Cimentos investe mais de R$ 7 milhões por ano em ações sociais de educação e inserção de jovens no mercado de trabalho.