Os empresários presentes à abertura do 3º Festival da Casa Própria ADEMI/7º Feirão Caixa destacaram sua dimensão, nunca antes vista em Alagoas. Com 5 mil imóveis num valor estimado em R$ 500 milhões, o evento é um reflexo do momento positivo que vive o mercado imobiliário, avaliam eles.
Ronald Vasco Jr. vice-presidente da ADEMI-AL disse que o feirão está mostrando “a força do setor”, uma prova cabal de sua importância na economia. Segundo ele, o segmento vem mostrando seu poder como gerador de negócios e empregos. Estima-se que 40 mil unidades residenciais estejam sendo construídas em Alagoas, só dentro do Programa Minha Casa, Minha Vida e para afetados pelas enchentes.
“A construção civil é a maior dinamizadora da economia de Maceió. Seus efeitos são duradouros e de alto impacto, principalmente quando pensamos em sua cadeia. Geramos compras em toda escala da cadeia, do aço, ao cimento, da areia ao tijolo, do material de acabamento ao mobiliário” – explica o vice-presidente da ADEMI-AL.
Milhares de casas e apartamentos em construção no estado criaram uma situação de falta de mão-de-obra. Há escassez de pedreiro, carpinteiro, ferreiro e encanador. O SESI está tentando responder ao clamor dos empresários por profissionais qualificados, montando um programa que pretende treinar 2 mil deles até o final do ano.
É um desafio, raciocina Ronald Vasco, porque há uma série de problemas a resolver, dentre eles, compatibilizar tempo e demanda. As empresas de construção que atuam no mercado tradicional estão respondendo ao isso com criatividade. O programa do SESI vem sendo aplicado nos canteiros de obras, verdadeiras salas de aula, onde o aprendizado conta com a presença dos trabalhadores já qualificados, mestres e engenheiros.
Qualificar ajudantes, elevando-os a novos patamares de status profissional e remuneração, foi o resultante dessa fórmula adotada pelas empresas. Na V2, do empresário Ronald Vasco Jr., turmas de serventes são qualificadas e eles ascendem a pedreiros, encanadores e carpinteiros.
Osman Ramires Neto, da Telesil, uma das empresas presentes no Festival Ademi/Caixa, diz que a expectativa é atingir um público “eclético”, isto é, que possa ser atraído tanto pelo imóvel beneficiado pelo programa Minha Casa, Minha Vida como para os de preços mais elevados. Alfredo Brêda (Telesil) é outro empresário que acredita na força de venda do evento. “Estamos trazendo cerca de 300 imóveis e esperamos comercializar uma boa parte deles” – explica.
Pierre Laffite da Silva (Sindimóveis) diz que o evento turbina os negócios, dando uma acelerada de vendas num mercado que já está a todo vapor. Com cerca de 1 600 corretores em atividade, observa, não há melhor momento para esses profissionais que têm oferta de imóveis, compradores e crédito disponível. “Estamos numa fase muito boa ”, resume.