Nesta sexta-feira (18), dois projetos pioneiros na prevenção e combate às drogas encontraram-se na Casa de Acolhimento da Secretaria de Estado de Promoção da Paz (Sepaz). Pela manhã, a equipe técnica do projeto “Capacitando lideranças para enfrentar o problema: uma nova perspectiva de combate às drogas na indústria”, que atua na prevenção às drogas na construção civil, conheceu o trabalho do Acolhe Alagoas. Uma aproximação que pode render bons frutos para ambos os projetos.
A equipe técnica do “Capacitando lideranças” é composta por representantes do Fórum Permanente de Combate às Drogas, Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Alagoas (Ademi-AL), Sesi e Construtora V2. A iniciativa visa capacitar profissionais da construção civil para a prevenção do uso de drogas ilícitas e álcool dentro do âmbito de trabalho e em suas famílias.
“Viemos aqui para conhecer o trabalho realizado pelo Governo do Estado e ver o que podemos aproveitar para colocar na cartilha sobre drogas e prevenção que estamos elaborando para nossos colaboradores”, explicou a coordenadora de Responsabilidade Social da Ademi-AL, Calynne Almeida.
Assim como o Acolhe Alagoas, o “Capacitando lideranças” é um projeto pioneiro. “Ele é financiado pelo Sesi nacional, através do edital Projeto Inovação, e está sendo implantado como projeto-piloto na Construtora V2. Nosso objetivo é expandir para as demais construtoras de Alagoas até 2013”, explicou Noélia Costa, presidente do Fórum Permanente de Combate às Drogas.
O grupo mostrou-se bastante interessado no programa “Proteger Educando”, que trabalha com prevenção de drogas nas escolas. No entanto, foi na Diretoria de Reinserção que eles entenderam como podem ajudar o Acolhe Alagoas. “Os acolhidos têm bastante dificuldade em serem recolocados no mercado de trabalho devido a problemas de escolarização, cognição, o próprio tratamento para a dependência, que é contínuo. E somado a tudo isso, ainda enfrentam uma grande carga de preconceito social”, explicou a diretora de Reinserção, Sueli Xisto.
Calynne Almeida mostrou-se solidária à causa da reinserção. “Podemos ver um momento para levarmos o Acolhe e a questão da reinserção aos nossos associados, expor essa necessidade e quem sabe, estabelecer uma parceria. A construção civil é um setor em alta, com uma carência identificada de mão-de-obra. Através de uma parceria e qualificação, é uma possibilidade bastante interessante a contratação dos acolhidos”.
Para a superintendente de Políticas sobre Drogas da Sepaz, Alyne Vanessa Ferreira, a visita teve um saldo bastante positivo. “Foi extremamente importante porque eles se identificaram como possíveis parceiros. É importante que conheçam o trabalho, o processo, as necessidades. Entender que não é um projeto só nosso, mas da sociedade inteira”.
