Entre 27 e 30 de agosto, Brasília e o resto do país estarão de portas abertas para os investimentos estrangeiros no mercado imobiliário, em um evento inédito no setor: o I Congresso Internacional do Mercado Imobiliário (Cimi), apoiado pelo Correio Braziliense, além do IV Encontro Brasileiro de Corretores de Imóveis (Enbraci), no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. A estimativa é de que os dois encontros tragam para a cidade 4 mil participantes, sendo 400 profissionais oriundos de 40 países, com a intenção de gerar oportunidades de negócios na área e promover a imagem do Brasil no exterior.
A programação dos congressos prevê palestras, debates e espaço para exposições voltados para negócios imobiliários, consórcios, financiamento e captação de recursos nacionais e internacionais, fundos de investimento em imóveis, administração imobiliária, direito e legislação, loteamentos, comunidades planejadas e sustentabilidade. O Cimi ocorrerá também virtualmente, com todas as opções de um evento presencial. Haverá um Centro de Convenções virtual, estandes e transmissão de palestras e painéis on-line.
O olhar de empresários e especialistas no mercado imobiliário está cada vez mais voltado para a América Latina, principalmente para o Brasil. Programas de habitação do governo federal movimentam a economia com a construção de casas e o crescimento das opções de financiamento no país deixam o setor competitivo. A organização do evento considera que o momento é de fazer grandes negócios e investir.
Menina dos olhos
Para o presidente do Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci), João Teodoro da Silva, o Cimi e o Enbraci são uma oportunidade para o Brasil apresentar o potencial do setor aos estrangeiros. "Queremos mostrar a evolução da categoria, que completa 50 anos. Estamos vivendo uma situação em que nosso país é a menina dos olhos do mundo em termos de mercado imobiliário. Temos que aproveitar essa maré positiva que estamos vivendo, já que o Brasil passa relativamente tranquilo pela crise que se instaurou na Europa, nos Estados Unidos e, agora, ameaça a China", aponta.
A ideia é atrair capital estável do exterior. "São empresários de países como Espanha e Itália, que estão desesperados, em uma situação que não oferece condições de investimento. Queremos que esse dinheiro venha para o Brasil e fique", ressalta Teodoro, apontando que essa tem sido a tendência dos últimos anos. "Nós tínhamos apenas 32% de capital estável no setor. Hoje, revertemos o quadro: em 2011, fechamos com 72% de capital estável. E, como o mercado imobiliário vai bem, esperamos que boa parte desses investidores venha para ficar."
O presidente do Cofeci também ressalta a importância do Cimi para a cidade, tida hoje como o segundo maior mercado do país em termos de movimentação. "Para nós, é significativo. Nunca tivemos um evento para o setor imobiliário de tal envergadura. Neste momento, queremos traduzir Brasília como um local importante para investimentos, e não só para o turismo. Para a capital, o Cimi é muito interessante."