O “Seminário de Trabalho em Altura – A nova NR-35 e Gestão de Trabalho em Altura” que está sendo realizado nesta terça-feira (9/10) no Auditório do Norcon Empresarial é uma iniciativa da ADEMI-Al com objetivo de esclarecer empresários, profissionais de saúde e de segurança do trabalho – SST, das exigências contidas na NR-35, abrangendo também materiais, equipamentos e acessórios utilizados na realização das atividades em altura em geral.
O Engenheiro Mecânico Michel Albiero da Silva Santos, de Curitiba, disse que a NR-35 é uma norma específica que trata da regulamentação de acidentes de trabalho em altura. “No Brasil esse é o maior responsável pelos acidentes de trabalho, cerca de 40%”.
Essa norma – explicou – não é apenas para a construção civil, mas para todo tipo de trabalho em que o trabalhador esteja a mais de 2 metros acima do nível do solo, quando já é considerado trabalho em altura. Michel Albiero também é Engenheiro em Segurança do Trabalho e Responsável Técnico da empresa Altiseg, de Curitiba.
Segundo ele, a construção civil tem evoluído bem nesse item, “mas ainda é preciso um trabalho maior de conscientização dos empresários e gestores, pois há uma defasagem de exigências tanto dos empregadores como dos empregados.”
A outra palestra foi feita por José Odenis Mesquita, diretor da Ranger – Alpinismo Industrial – SMS, de Recife. Ele disse que por vários anos as atividades em altura representavam um número considerável da estatística de acidentes e até então não havia uma norma que regulamentasse as condições do trabalho.
Odenis Mesquita, que é técnico em resgate industrial, socorrista, alpinista industrial, coordenador de serviços em altura e em espaços confinados, bombeiro civil com 15 anos de experiência diz que a importância de NR-35 é que “ela obriga as empresas a cumprirem suas normas, a fim de reduzir os acidentes de trabalho em altura.”
O técnico socorrista também acha que falta ainda “conscientização das empresas quanto ao risco de um acidentes em altura, sendo necessário que os empresários ofereçam melhores condições de segurança de trabalho aos seus funcionários”. Os acidentes podem não acontecer, o que não pode é as empresas não estarem preparadas – observa.
Alexandre Sabino de Oliveira, auditor fiscal do Trabalho de Alagoas disse que a queda é o acidente que mais mata e que é necessário maior envolvimento do corpo diretivo das empresas para prevenir esse tipo de acidente. A NR-35 – afirmou – foi publicada há três meses e só entrou em vigor no mês passado.
O seminário teve a organização da RP Seg e da ADEMI-Al. Patrocínio da ÔMEGA – Empreendimentos Elétricos. Apoio do SESI, TEM – Ministério do Trabalho e Emprego e parcerias da Altiseg – Segurança em Altura; Almont Brasil e Ranger – Alpinismo Industrial.