O mercado imobiliário no Brasil ainda está com redução na quantidade de lançamentos. Com isso, o estoque de imóveis novos diminuiu nos três meses (maio/junho/julho) em comparação com o trimestre encerrado em junho.
De acordo com os indicadores da Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias) em parceria com a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), foram lançadas 13.282 unidades no trimestre encerrado em julho deste ano. O número representa queda de aproximadamente 9% em relação ao segundo trimestre de 2015 e de 17,9% em relação ao mesmo período de 2014.
Enquanto isso, as vendas no trimestre atingiram 25.840 unidades, o que representa pequena alta de 0,6% com relação aos três meses terminados em junho e queda de 16,8% com relação ao trimestre terminado em julho de 2014.
Em termos relativos, as vendas superaram os lançamentos em 95%. Com isso, o indicado de venda sobre oferta chegou a 23,4% das 96.715 unidades disponíveis no mercado para compra – número 0,7 ponto percentual maior que no trimestre encerrado em junho.
Nesse ritmo, a oferta de imóveis novos se esgotaria em 12,8 meses. No trimestre encerrado em junho, o tempo era de 13,2 meses.
De acordo com o diretor da Abrainc, Luiz Fernando Moura, “apesar do momento de instabilidade, as vendas mostram consistência, supurando os lançamentos em 95%”.
Em linha com a queda dos lançamentos e aumento das vendas, em julho, a oferta final caiu 2,3% em relação ao mês anterior e 2,4% em relação a julho de 2014. Após a queda observada em julho, a oferta final de novos imóveis atingiu 96.715 unidades.
O economista da Fipe, Bruno Oliva, alguns indicadores, como a redução dos lançamentos em 2015, evidenciam que os players do mercado estão se adaptando à conjuntura econômica desfavorável via ajustes da expansão de novas unidades.
Entregas
A soma das entregas em maio, junho e julho de 2015 foi de 29.427 unidades, patamar praticamente idêntico ao mesmo período de 2014. Com relação ao consolidado dos meses de abril, maio e junho, houve queda de 6,6%.
A taxa de inadimplência potencial entre as empresas associadas, que mede a exposição máxima da carteira das incorporadoras no caso de os clientes atualmente inadimplentes não realizarem mais nenhum pagamento, permaneceu praticamente estável com relação a junho de 2015 — atingindo 9,3% em julho, contra 9,2% no trimestre encerrado em junho. No trimestre fechado em julho de 2014, a taxa de inadimplência foi de 7,7%.
Da Redação, original R7.