As vendas de material de construção cresceram 4% em agosto nos grandes estabelecimentos do setor espalhados pelo País. Já as lojas pequenas e médias tiveram queda de 6% e 2% no período, respectivamente.
Segundo o presidente da Anamaco, Cláudio Conz, o desempenho do varejo do setor no mês reflete uma retomada das pequenas obras e das reformas em todo o Brasil. "Embora, no geral, as vendas de agosto tenham ficado 3% abaixo das do mês de julho e 6% abaixo das registradas em agosto de 2014, no acumulado dos últimos 12 meses elas seguem no mesmo patamar, sem grandes previsões de queda no próximo quadrimestre. O desempenho de algumas categorias como cimento, que cresceu 7% em agosto, e tintas, que ficou 3% acima do índice apresentado no mês passado, indica que o brasileiro está voltando a reformar e a investir em pequenas obras. Afinal, a casa é como um ser vivo que precisa de manutenção constante”, explica.
No total, 46% dos entrevistados acreditam que recuperarão parte das vendas já em setembro. Entre as demais categorias pesquisadas no mês, metais sanitários tiveram desempenho estável, enquanto revestimentos cerâmicos, louças sanitárias e telhas de fibrocimento retraíram 2%. "Com estes números, continuamos prevendo um crescimento de 1,5% a 3% em 2015 sobre o ano passado, quando o varejo de material de construção registrou um faturamento recorde de R$ 60 bilhões”, explica Conz.
No levantamento por regiões, 26% dos lojistas do Sul apresentaram aumento de vendas no período, seguidos por 25% dos estabelecimentos do Norte e Nordeste. No Sudeste e no Centro-Oeste as vendas cresceram para 21% e 20% dos entrevistados.
Em agosto também retraiu ligeiramente o pessimismo dos comerciantes do setor com relação às ações do Governo nos próximos 12 meses que, no entanto, continua alto (57% para 55%). “Cerca de 29% dos entrevistados pretendem fazer novos investimentos nos próximos 12 meses e 11% quer contratar novos funcionários em setembro”, declara o presidente da Anamaco.
Os dados são do estudo mensal realizado pelo Instituto de Pesquisas da Anamaco com o apoio da Abrafati, Instituto Crisotila Brasil, Anfacer e Siamfesp. O levantamento ouviu 530 lojistas das cinco regiões do país entre os dias 26 e 29 de agosto e a margem de erro é de 4,3%.
Da Redação.