Por Aline Horvarth Cunha
A matéria “Para construção civil, receber R$ 7 bi em atraso já é ‘novo PAC’”, publicada nesta quarta-feira (07/01), no jornal O Estado de S.Paulo, destaca o posicionamento do setor de que o governo não precisa de muito esforço para estimular a construção civil como tentativa de reanimar a economia nacional.
Na opinião do presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto, antes de anunciar novas obras, o governo precisa quitar os pagamentos em atraso daquelas já executadas e faturadas. “Esses atrasos são de até 150 dias, o que trouxe grandes prejuízos para as empresas. Não basta o governo se comprometer com um cronograma de pagamento, é preciso saldar efetivamente as dívidas. Isso será fundamental para que as construtoras participem de novas licitações públicas.”
Romeu Ferraz também considera fundamental solucionar a crise política para que o ajuste fiscal possa prosseguir e se criar um horizonte de reequilíbrio das contas públicas e queda da inflação. “Sem isso, a confiança dos investidores não será restabelecida, a crise econômica se prolongará indefinidamente e as medidas de reativação econômica não surtirão o efeito desejado.”
“Colocar em dia os pagamentos dos atrasos já seria um novo PAC”, afirmou o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, na reportagem. “Seria o suficiente para recuperar as empresas que estão morrendo. O principal ponto é simplesmente cumprir um compromisso”, diz Martins.
O jornal mostrou que o governo estuda medidas para estimular o setor, batizada no Planalto de “novo PAC”, o Programa de Aceleração do Crescimento lançado em 2007. A matéria também destaca a lista entregue pela CBIC à equipe econômica, com as condições necessárias para que os investimentos sejam retomados. (Com informações da CBIC)
