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Emprego na construção civil brasileira chega a dois anos de cortes consecutivos

17 de novembro de 2016

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Por Enzo Bertolini 11/11/2016 16:26:59

Com a queda de 1,14% no nível de emprego em setembro na comparação com agosto, a construção civil brasileira alcançou a negativa marca de dois anos seguidos de cortes, totalizando 899.913 mil demissões. Foram 30.823 demissões em setembro, deixando o saldo de trabalhadores no setor em 2,678 milhões. Em outubro de 2014, primeiro mês de queda, o estoque era de 3,57 milhões.

Nos primeiros nove meses do ano houve corte de 225.069 vagas. Em 12 meses o saldo negativo é de 460.014 empregos a menos. Desconsiderando efeitos sazonais*, foram fechadas 48.068 vagas em setembro (-1,80%).

Os dados são da pesquisa realizada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), com base em informações do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE).

Para o presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto, a nova queda do nível de emprego reflete a persistência de escassez de novos investimentos em construção, apesar do otimismo com a condução da política econômica. “Medidas que objetivem o reequilíbrio fiscal, como a instituição de um teto para os gastos públicos e a reforma da Previdência, são necessárias para recuperar a confiança dos investidores. Porém, não bastam para reaquecer a economia”, comenta.

Romeu Ferraz preconiza a necessidade de adoção urgente de outras medidas para estimular a produção e o emprego, como as reformas tributária e trabalhista, a racionalização das despesas do governo, a diminuição dos juros, a elevação da oferta de crédito e a agilização das concessões e parcerias público-privadas da União, estados e municípios.

Segmentação
Por segmento, obras de acabamento e imobiliário registraram as maiores quedas em setembro na comparação com o mês anterior, 1,30% e 1,29% respectivamente. No acumulado do ano, contra o mesmo período do ano anterior, o segmento imobiliário segue apresentando a maior queda (-17,76%), seguido por preparação de terreno (-14,92%).

A deterioração do mercado de trabalho afeta quase todas as regiões do Brasil, sendo que os piores resultados foram observados no Sudeste (-1,36%) e Nordeste (-1,16%). No estado do Rio de Janeiro, foram 6.441 demissões no período na comparação com agosto. Minas Gerais perdeu 2.226 vagas.

Emprego Regiões do Brasil
Estado de São Paulo
Em setembro, houve queda de 1,27% no emprego em relação a agosto – redução de 9,22 mil vagas. O estoque de trabalhadores foi de 724,8 mil em agosto para 715,6 mil em setembro. Desconsiderando a sazonalidade**, houve queda de 1,29% (-9,27 mil vagas).

No período, o segmento de obras de instalação e imobiliário responderam pelo pior desempenho (-1,93% e -1,50%, respectivamente).

Na capital, que responde por 44,5% do total de empregos no setor, a queda em setembro na comparação com o mês anterior foi de 1,71% (-5.566 vagas). Em 12 meses, São Paulo registra retração de 13,96%.

Entre as Regionais do SindusCon-SP, Santos apresentou a maior queda (-1,84%), seguido por Santo André (-1,67%). A Regional de Presidente Prudente foi a única a apresentar alta – 0,47%.

Emprego Regionais

*A dessazonalização é um tratamento estatístico que tem como objetivo retirar efeitos que tipicamente acontecem em um mesmo período do ano

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