PATRYCIA MONTEIRO
Repórter
A diferença entre o número de admissões e demissões voltou a ficar negativa em Alagoas, no mês passado. É o que informam os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Em março, 5.162 trabalhadores foram contratados pelo mercado formal do Estado, enquanto 21.707 foram desligados de suas empresas. Resultado: cerca de 16 mil trabalhadores aumentaram o saldo de desemprego alagoano no ano, que já acumula 30 mil profissionais sem emprego.
Tanto em janeiro como em fevereiro os saldos também foram negativos. No primeiro mês do ano o número de desempregados somou 2.562 e em fevereiro subiu para 10.897.
Esses resultados desfavoráveis são esperados nos primeiros meses do ano no mercado de Alagoas. É que com o fim da alta temporada turística e o encerramento das atividades agrícolas da safra de cana-de-açúcar, duas das principais atividades econômicas do Estado iniciam a fase de demissões em massa: o setor de serviços.
No mês passado, o aumento no desemprego do Estado foi impulsionado pelas usinas e destilarias alagoanas. Só o segmento da indústria da transformação, contratou 783 profissionais, mas demitiu 17.272 deles, deixando 16.489 desempregados.
A agropecuária, que engloba ainda outras atividades da agroindústria, também deixou um saldo negativo de 499 desligamentos.
Mas, o setor sucroalcooleiro não foi o único a demitir. O número de admissões do comércio também foi inferior ao de demissões. No total, o segmento contratou 1.447 trabalhadores, mas demitiu 1.589, deixando um saldo negativo de 142 desempregados.
Por outro lado, o setor de serviços, do qual fazem parte os hotéis e restaurantes, obteve saldo positivo formado por 250 contratações acima do número de desligamentos. Já a construção civil se destacou no mês como a maior absorvedora de mão-de-obra, contratando 1.010 trabalhadores, contra um total de 683 demitidos, deixando um saldo formado por 327 profissionais com carteira assinada.