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Classe média é a mais beneficiada com financiamento

29 de maio de 2007

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ADRIANA CARRANCA
Agência Estado

São Paulo – A classe média será a maior beneficiada pela onda de investimentos e injeção de recursos para financiamento da casa própria. A expectativa do mercado é a de que os apartamentos para pessoas com renda familiar entre 5 e 15 salários-mínimos superem 40% do total de unidades este ano, ante 30% em 2006. "No ano passado, houve recorde de lançamentos de quatro dormitórios. Em 2007, o maior foco é para a classe média, principalmente entre 5 e 15 salários mínimos", afirma Luiz Paulo Pompéia, diretor da Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio (Embraesp).
Neste ano, o mercado está migrando para a classe média, com mais empreendimentos de dois a três dormitórios, destinados, principalmente, a famílias com renda entre cinco e dez salários mínimos, segundo Pompéia. "Mas, para essa fatia, a taxa de juros ainda é muito alta. Chegar a 7% ao ano é o ideal para essa faixa e só assim conseguiríamos de fato reduzir o déficit habitacional na faixa dos 8 milhões de residências no País", diz.
Entre janeiro de 2006 e janeiro de 2007, o tamanho médio dos apartamentos passou de 54 metros quadrados para 66 m2. O preço médio do m2, que era de R$ 2,3 mil no ano passado, caiu para R$ 1,7 mil. Com isso e os avanços nos financiamentos, segundo ele, o mercado imobiliário paulista deve crescer entre 15% e 20%, com novas 32 600 unidades e R$ 10 bilhões em volume de negócios ante 28.324 unidades e R$ 8,6 bilhões em 2006. No ano passado, o crescimento foi de 16,8%, o maior desde a década de 1980.
A estimativa ambiciosa é motivada também pelos bons resultados do primeiro trimestre deste ano, quando foram vendidas 5.675 unidades, crescimento 8,8% superior ao do mesmo período no ano passado. Em faturamento, o salto foi de 10,6%, passando para R$ 1,8 bilhão no primeiro trimestre de 2007.
Outro fator que alimenta o otimismo do mercado em 2007 é a redução, ainda que modesta, da taxa básica de juros (Selic), que baixou o custo de captação de recursos por construtores e ajudou a ampliar a oferta de imóveis, especialmente na faixa de R$ 70 mil a R$ 200 mil, para as camadas médias de menor renda. A maior concentração de ofertas, atualmente, é de imóveis entre R$ 80 mil a R$ 150 mil, para essa faixa de cinco a dez salários mínimos, que podem utilizar recursos do FGTS, poupança, carta de crédito ou próprios.
Em 2006, a caderneta de poupança financiou 115 mil unidades nessa faixa (60% dos imóveis novos).

Construção civil passa por mudanças
Região Sudeste registra maiores perdas; estados como Pará e Amazonas têm alta no setor

JACQUELlNE FARID
Agência Estado

Rio de Janeiro – A indústria da construção mostrou uma forte mudança regional de 1996 a 2005, segundo a Pesquisa Anual da Indústria da Construção (Paic), relativa a 2005, divulgada pelo IBGE. A região Sudeste registrou a maior perda de espaço, passando de uma participação de 65,7% no total de construções realizadas no País em 1996 para 55,2% em 2005. No período, a região reduziu a participação no pessoal ocupado na construção nacional de 62,3% para 53,6%.
O Estado de São Paulo diminuiu sua participação no total de construções executadas no período de 39,7% para 30,4% e, no pessoal ocupado, de 32,8% para 26,5%. Ainda assim, o Sudeste concentrava, em 2005, mais da metade das construções realizadas (55,2%) e do emprego gerado pelas empresas de construção (53,6%) no Brasil. Ainda segundo a pesquisa, a região Norte foi a que mais ampliou sua participação na indústria de construção, elevando a fatia nas construções executadas de 3,2% (1996) para 7,4% (2005) e, no pessoal ocupado, de 3,3% para 6,6%.
Os destaques da região foram os Estados do Pará (1,2% das construções do País em 1996 e 3,3% em 2005), do Amazonas (0,6% para 1,5%) e do Tocantins (0,8% para 1,7%).
Segundo os técnicos do IBGE, no Pará e no Amazonas a economia vem sendo impulsionada pela crescente industrialização e, no Tocantins, a expansão da atividade de construção pode estar associada às necessidades de urbanização. O valor das construções executadas teve uma queda real de 5,4% (deflacionado pelo Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil do período, também calculado pelo IBGE) de um ano para o outro.

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