O setor da construção civil está contratando cada vez mais mulheres para serviços de acabamento. Com isso, aumenta o número de mulheres "colocando a mão na massa": somente no ano passado, 55 mil ingressaram neste mercado. Uma mudança facilitada pelas novas técnicas da produção, que eliminaram parte do trabalho pesado.
Hoje trabalhando na construção civil, Fátima da Rocha era auxiliar de serviços gerais – trocou a bandeja de servir cafezinho pela marreta. Ela acha que a mudança valeu a pena: “Pelo salário e pela forma de trabalho, que você está sempre mudando, cada dia você aprende uma coisa diferente.”
Qualificação
Um curso na região metropolitana de Vitória mostra que a procura de profissionais do sexo feminino pela construção civil está aumentando. De 2007 para 2008, o número de mulheres na sala de aula aumentou em cinco vezes – hoje, elas já são metade da turma.
“Noventa e um por centro da procura das mulheres era para a área de confecções. Hoje nós temos a informação de que pessoas das confecções estão migrando para a construção civil”, diz Robson Cardoso, diretor do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).
O curso do Senai dura um ano e ensina tudo: da fundação ao acabamento. E a maioria das mulheres que está aprendendo a assentar tijolos e azulejos deve sair do curso empregada.
“Procuram muito as mulheres porque têm mais delicadeza, mais facilidade para pegar as coisas”, diz Pâmela Coimbra, uma das alunas do curso.
