A construção civil desafia a crise financeira global. Vamos enfrentá-la com geração de empregos, movimentando a cadeia de suprimentos da construção e reduzindo o déficit habitacional que oscila em torno de 7,8 milhões de unidades.
Temos potencial, estrutura, entidades e profissionais engajados para enfrentar a turbulência que se avizinha no terreno da construção civil.
Afinal, representamos 11,3% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e temos previstos investimentos de R$ 535 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Além disso, as linhas de crédito para a habitação (que não são subprime, mas superprime no Brasil) devem estar disponíveis num pacote semelhante ao disponível esta semana para a indústria automotiva. Também precisamos de liquidez para o financiamento da casa própria.
Uma prova de que continuaremos crescendo com firmeza e bases sólidas é o lançamento da Proposta de Política Industrial para a Construção Civil, que define parâmetros claros para a capacitação da mão-de-obra, projetos e política industrial.
O 7 Construbusiness, que será realizado no início de dezembro, na Fiesp, tem dois pilares fundamentais: habitação e infra-estrutura. Além dessa proposta, lançada no final de outubro pelo Departamento da Indústria da Construção (Deconcic), da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), o plano deverá orientar o Planinfra (para infra-estrutura) e o Planhab (Habitação).
Este será um marco na capacitação dos trabalhadores da construção, e na inovação do processo industrial das empresas que atuam neste segmento.
A proposta já considera o crescimento do poder aquisitivo da classe média, que, gradativamente, passa a comprar imóveis maiores e melhores. Esse fenômeno já era esperado, pois a renda média familiar tende a crescer mais, devido ao ingresso da mulher no mercado de trabalho.
A expectativa de vida, hoje estimada em 72 anos e em crescimento, também deve aquecer a construção civil. É por isso que a construção civil brasileira não vai parar.
Ao contrário, trabalhamos pela valorização da qualidade, da eficiência e da produtividade na construção.
Nesta semana, o Sindicato da Indústria de Produtos de Cimento (Sinprocim/Sinaprocim) realizou a 7 edição do Prêmio Qualidade, que reconhece o trabalho das empresas do ramo que mais se destacaram nos últimos dois anos.
O prêmio Qualidade 2008 teve a presença das maiores empresas do segmento da construção civil, envolvidas e empenhadas no desenvolvimento desse mercado com o apoio das autoridades, da Fiesp e de várias entidades.
Enquanto muitos se assustam com o vendaval financeiro e refreiam seus projetos, as empresas da construção civil estudam, analisam, planejam como crescer em meio à crise, com qualidade e alta tecnologia.