As propostas para o pacote de habitação apresentadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na noite de quarta-feira trazem boas novidades para a classe média. De acordo com reportagem publicada nesta quinta-feira pelo jornal O Estado de S. Paulo, o preço limite para a compra de imóveis com dinheiro do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) deve subir de 350.000 para 500.000 reais. Em segundo lugar, imóveis financiados com recursos da caderneta de poupança, enquadrados no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), poderão ter até 90% do valor financiado (hoje o máximo é 80%).
A chamada nova classe média também foi contemplada nas propostas para o pacote. O projeto prevê empréstimos de até 100% do valor da casa própria com recursos do FGTS. Com o aumento da cobertura da parcela de financiamento, o mutuário fica dispensado do pagamento de entrada e pode, por exemplo, substituir o aluguel por prestação. Nesse caso, poderão ser adquiridas moradias avaliadas em até 130.000 (se estiverem situadas em São Paulo, Rio ou Distrito Federal). O teto cai para 100.000 reais nos municípios de até 500.000 habitantes e para 80.000 nas demais regiões.
Poderão utilizar recursos do FGTS para a compra de imóveis famílias com renda de até 3.900 reais mensais (ou 4.900 reais se morarem nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio ou Distrito Federal). As propostas ainda estão sujeitas a mudanças, mas técnicos avaliam que isso é improvável, já que não havia pontos polêmicos em discussão.
