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Falta de cimento para abastecer o Estado

6 de março de 2009

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Considerado um dos principais empregadores do mundo, o setor da construção civil em Roraima vive um período delicado por causa da escassez da principal matéria-prima: o cimento. Os empresários estão preocupados com o racionamento feito pela distribuidora da marca nacional, a Nassau. O saco do produto importado chega a R$ 27,00 e o nacional chega até a R$ 29,00.

A cadeia produtiva da construção civil representa aproximadamente 15,5% do PIB nacional. Além da sua importância econômica, a atividade também tem relevante papel social na geração de empregos e no combate ao déficit habitacional.

Em nível de Brasil, a estimativa da Câmara Brasileira da Indústria da Construção é que a cadeia cresça em torno de 5% a 6% este ano. Mas em Roraima os empresários temem que haja uma recessão, já que falta cimento para atender a demanda.

Sem querer se identificar, um empresário disse que a distribuidora da marca nacional, com sede no Amazonas, abastece os mercados de Manaus, Roraima e Rondônia. Como Manaus vive como um canteiro de obras, a prioridade tem sido atender aquele mercado.

"Como lá [Manaus] está no inverno forte, diminui o ritmo do setor, e assim sobra mais cimento para Roraima", comentou, acrescentando que a distribuidora de Boa Vista estipulou uma quota por empresa que não supre a demanda.

Ele é categórico em afirmar que a empresa deixa claro que não tem interesse em resolver o problema. O empresário se diz preocupado com o início das obras da hidrelétrica de Jiruá, em Rondônia. "Empresários e consumidores de Roraima vão sofrer. Fala-se tanto em área de Livre Comércio, que haverá desenvolvimento, mas desse jeito não vislumbro melhoria", comentou.

IMPOTÊNCIA – A presidente do Sindicato das Empresas de Material de Construção, Francinete Amaro, confirmou o que o empresário disse sobre a falta de interesse da empresa representante da marca nacional em atender o mercado de Boa Vista, mas se sente impotente diante da situação.

"Não temos para quem recorrer, porque são os únicos que temos na praça. Se falta o cimento, não temos como vender outros produtos. Pedimos que as autoridades intervenham para resolver o problema que já é antigo, e a tendência é piorar", analisou a presidente do sindicato.

Segundo Francinete, a distribuidora estabeleceu cotas de vendas. Embora a empresa dela tenha demanda para vender aproximadamente 3 mil sacos de cimento por semana, a realidade atual lhe permite comercializar em torno de 600.

Durante três dias os diretores da Nassau, em Manaus, foram procurados para falar sobre o problema e perspectivas para Roraima, mas ninguém se pronunciou. Ao saber que se tratava de entrevista, a informação era sempre que os diretores estavam em reunião ou fora do prédio. Por último, ontem, informaram que quem poderia falar estaria viajando.

CRESCIMENTO – Estimativas prévias da Secretaria de Fazenda do Estado indicam que nos meses de janeiro e fevereiro últimos, comparados aos de 2008, houve crescimento na arrecadação do produto em torno de 30%. Sem o preço ter aumentado mais que 10% no decorrer do ano, tudo indica que o incremento esteja relacionado à maior quantidade que entrou no Estado.

SINDUSCON – Conforme o consultor do Sindicato da Construção Civil de Roraima (Sinduscon), engenheiro Raul Pinto, a distribuidora local foi contatada por telefone e alegou que houve um problema na fábrica em Manaus, que parou por três dias.

Ao Sinduscon a distribuidora teria confirmado que o cimento que tinha era para abastecer Manaus. O prazo dado para resolver o problema foi de 10 dias.

Na opinião do engenheiro, uma das alternativas seria a importação do produto por empresas instaladas na ALC. Nesse caso, existe a isenção do Imposto de Importação e do Pis/Cofins e redução do ICMS por conta do crédito presumido.

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