Em matéria publicada esta semana na Revista Isto É Dinheiro, intitulada "Um caixa forte para a Caixa", o presidente da CBIC, Paulo Safady Simão, reforça a posição contrária do setor à possibilidade de a Caixa comprar todo ou parte do controle de construtoras.
O posicionamento se deve ao temor do surgimento de concorrentes desproporcionalmente mais fortes no mercado.
O Caixa-Par, braço de investimentos da Caixa Econômica Federal, contará com cerca de R$ 3 bilhões para comprar participações acionárias em construtoras ou empresas de qualquer outro setor, inclusive bancos pequenos e médios.
"O banco detém domínio quase total sobre a aplicação do FGTS, uma das principais fontes de recursos do setor", afirma Paulo Simão.
"Além disso, estão concentrados na Caixa 30% do dinheiro aplicado em cadernetas de poupança, que também financiam as construtoras."
A preocupação do setor é que uma construtora ligada à Caixa tenha vantagem na obtenção do dinheiro ou seja privilegiada com o acesso a informações estratégicas das concorrentes que solicitem financiamento ao banco.
Sobre a questão, a Caixa não se manifestou na matéria.