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Nordeste: crise afasta estrangeiro e mercado imobiliário foca em brasileiro

7 de maio de 2009

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SÃO PAULO – A crise vai mexer fortemente com o mercado imobiliário do Nordeste. As empresas, que até então estavam voltadas para o público estrangeiro, passarão a focar mais no público interno. Quem ganha é o brasileiro, diante de um mercado mais competitivo.

De acordo com o presidente da Adit Nordeste (Associação para o Desenvolvimento Imobiliário e Turístico do Nordeste Brasileiro), Felipe Cavalcante, no médio prazo haverá muito investimento, mas para venda para o público interno. "Antes, vinha comprador de terra para vender para o estrangeiro. Mas vai vir o dinheiro para o mercado local, através de fundos de investimento", explicou.

A expansão do Nordeste
O Nordeste começou a se consolidar como destino de investimentos imobiliários estrangeiros há cerca de seis anos. Dentre os motivos que contribuíram para isso, estavam a inauguração de aeroportos internacionais, os tsunamis – que afastaram os turistas dos países atingidos -, uma demanda europeia crescente, principalmente da Espanha e Inglaterra, e a desvalorização do real.

"Além de estar mais barato viajar, estava mais barato comprar imóvel no Brasil", destacou Felipe. Não deu outra: o Nordeste começou a ser visado e a atrair aventureiros do mercado imobiliário. Foi então que chegou a crise mundial.

"Todo esse processo de reconhecimento do Nordeste foi positivo e negativo ao mesmo tempo, porque colocou o Brasil no "olho do mundo", mas trouxe especuladores. Em qualquer lugar, primeiro chegam os aventureiros e depois as grandes empresas. Com a crise, todos esses especuladores foram varridos do mercado".

Consequências
No curto prazo, o que se espera é uma retração muito grande dos investimentos estrangeiros imobiliários no Nordeste. O fato não deve abalar a imagem do Brasil lá fora, que continuará a ser visto de forma positiva por fundos de investimento e empresas de primeira linha.

Dentre os projetos que estão em andamento, muitos vão ser cancelados. Porém, de acordo com Cavalcanti, são aqueles em que não havia viabilidade, realizados por especuladores. "Na parte de projetos de grande porte, ou os empresários vão parar ou redimensionar. Eles tentam readequar pensando no mercado brasileiro. Só daqui a dois anos é que o estrangeiro deve voltar".

Entretanto, os empresários encontrarão dificuldades. Isso porque a grande maioria dos projetos está longe das capitais e visavam o estilo de vida de estrangeiros. Por exemplo: campos de golfe são mais usados por paulistas e pessoas de outros países, conforme explicou o presidente da Adit. Empreendimentos nesse perfil terão um entrave grande, que é cultural.

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É com imensa gratidão que queremos expressar nossos mais sinceros…

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