Ritmo das obras do programa Minha Casa, Minha Vida deve aumentar na primeira parte de 2010, mas diminuir na segunda por causa das eleições de 2010. A projeção é do presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), Paulo Safady.

A expectativa é de que até a metade do próximo ano 700 mil projetos estejam aprovados pela Caixa, em construção ou já entregues. Segundo ele, esse ritmo já é um avanço, uma vez que em seis anos de governo Lula foram construídas 750 mil unidades para a faixa de renda até seis salários mínimos. "Agora vamos fazer isso em 18 meses", disse.

Segundo dados da Caixa, até o final de julho, a instituição recebeu 1.114 propostas de empreendimentos, o que representa 215.855 unidades e R$ 13,5 bilhões em investimento. Dessas, 177 propostas foram contratadas, o que equivale a 26.211 unidades e R$ 1,66 bilhão em investimento. Entre os empreendimentos contratados, a maior quantidade de unidades será destinada a quem ganha de três a seis salários mínimos – 11.304 casas. Na faixa de até três salários mínimos, a quantidade de casas é de quase 10 mil e para a faixa de renda de seis a dez salários mínimos, estão previstas a construção de 4.908.

Construtoras viram no município goiano de Águas Lindas, a 47 quilômetros de Brasília, oportunidade de investimento, principalmente na construção de moradia para a população com renda acima de três salários mínimos por meio do programa. A cidade é o lugar em que trabalhadores encontram preços mais acessíveis para comprar a casa própria e morar próximo ao Distrito Federal, onde trabalham.

Segundo o secretário de Habitação da cidade, Henrique Souza Ferreira, cerca de 30 empresas, em geral pequenas, investem na construção de casas populares. (ABr)