O Banco do Brasil anunciou nesta terça-feira uma ampliação de R$ 36,7 bilhões em sua oferta de crédito, gerada por um conjunto de ações em diversos segmentos. Os beneficiados envolvem 1,2 milhão de clientes pessoa física, 240 mil micro e pequenas empresas, 11 mil produtores rurais e 4 mil prefeituras.
De acordo com comunicado do BB, "as medidas consideram o progressivo reaquecimento da economia, evidenciado em diversos indicadores econômicos."
No segmento de pessoa física, o banco aumentou o limite das operações com o BB Crediário em R$ 12,7 bilhões, com destaque para o BB Crédito Material de Construção. O aumento tem como objetivo suprir o aumento da demanda neste segmento, gerado pelo aquecimento do mercado imobiliário nos últimos meses.
Além disso, o BB elevou os limites do cartão de crédito e das operações de crédito direto ao consumidor (CDC) em um total de R$ 5 bilhões.
Para as micro e pequenas empresas, o BB vai disponibilizar R$ 13,9 bilhões em limite pré-aprovado que financiarão as operações de investimento de 240 mil clientes.
"Com isso, a contratação das operações será mais ágil e permitirá que as empresas aproveitem as recentes reduções de taxas e melhorias das condições promovidas nas linhas de longo prazo com recursos do BNDES", afirma o banco.
Outra medida será a ampliação do prazo para as pequenas empresas que queiram antecipar a venda futura com cartões de crédito. O novo prazo saltará de 12 para 24 meses. O valor adicional para a operação será de até R$ 569 milhões.
Agricultura e municípios
Os produtores rurais com bom histórico de pagamento e baixo perfil de risco –cerca de 10,6 mil– terão mais R$ 1,4 bilhão para amparar suas operações de estocagem.
No caso dos municípios, o Banco do Brasil renovou o limite de crédito de 4 mil prefeituras, disponibilizando mais R$ 3,1 bilhões para financiamentos do Provias (Programa de Intervenções Viárias) e do Caminho da Escola.
A iniciativa anunciada hoje é a terceira do BB neste ano para elevar a oferta de crédito no país. As medidas fazem parte da estratégia do governo federal para que os bancos públicos puxem a volta do crédito após as dificuldades causadas pela crise mundial.