A ADEMI-Al promoveu, nesta quarta-feira, 24, no Auditório do Norcon Empresarial, uma palestra sobre o “Estudo de viabilidade para Inserção Segura de Pessoas com Deficiência na Construção Civil”. Esse estudo foi realizado pelo Instituto de Ensino e Pesquisa Armênio Crestana – IEPAC, do SECONCI-São Paulo, entidade filantrópica que promove atividades de organização e promoção da saúde e assistência social para empresas de construção civil paulistas. A palestrante foi a Dra. Norma Araújo, Superintendente do IEPAC.
A inserção segura das pessoas com deficiência na construção civil é o principal objetivo desse trabalho. A Lei 8.213, de 1991, prevê a obrigatoriedade da contratação de pessoas com deficiência pelas empresas. A partir de 100 empregados, as empresas devem atender ao requisito da lei reservando 2% de suas vagas com essa finalidade. O limite é de 5% de acordo com o número de funcionários.
Na construção civil, disse a Dra. Norma Araújo a inserção da pessoa com deficiência é uma questão mais recente devido às dificuldades inerentes ao trabalho em canteiros de obras. O Sinduscon-SP, explica a palestrante, vem fazendo estudos sobre funções em que essas pessoas poderiam trabalhar.
Os resultados desses estudos foram apresentados durante o 84º Encontro Nacional da Indústria da Construção – ENIC, despertando o interesse do vice-presidente da ADEMI-Al, Ronald Vasco Jr. Há algum tempo Ronald Vasco vem interagindo com entidades de pessoas com deficiência de Alagoas com o sentido de promover a adequação das empresas filiadas à ADEMI-Al à Lei de Cotas. Daí a vinda da Dra. Norma Araújo a Maceió, a fim de falar sobre os estudos realizados pelas entidades paulistas para engenheiros, médicos do trabalho e RHs das empresas.
Muito está por se fazer, admite Dr. Norma Araújo. “O que há são orientações dizendo que tipo de deficiências podem ser enquadradas na Lei de Cotas”, explica. “Não temos uma receita de bolo pronta, a solução está sendo buscada com a contribuição de muitos e com o somatório de experiências.
Ela elogia o interesse das empresas, principalmente na área da construção civil na busca da solução. “A inserção é muito importante porque ela atende a um requisito importante que é a dignidade das pessoas com deficiência”, observa. A experiência – segundo ela – tem mostrado a viabilidade da inserção das pessoas nos canteiros de obras, “para desempenho de algumas atividades específicas”, conclui.
