A Ademi realizou nesta quinta-feira, no Hotel Ritz Lagoa da Anta, em parceria com a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) o seminário “Racionalização na Construção – Normas e Procedimentos para os Sistemas à Base de Cimento”.
O Engenheiro Eduardo Moraes, Gerente Regional da ABCP disse que o boom imobiliário está cobrando mais rapidez nas obras, com manutenção da qualidade, o que pedemaior industrialização dos procedimentos, face à escassez de mão de obra.
Segundo Moraes as inovações técnicas mais utilizadas hoje são as paredes pré-construídas, usadas em obras de maior escala, acima de 200 unidades, dado a repetitividade do projeto.
As paredes de concreto fabricadas pela indústria, que chegam prontas às obras,estão sendo muito utilizadas – explica o engenheiro – devido à rapidez exigida pelos grandes empreendimentos, que têm prazo curto de conclusão.
O engenheiro observou que Alagoas está tendo um volume alto de empreendimentos em parceria com a Caixa, o que faz o estado apresentar uma estrutura de obra de alvenaria maior que Pernambuco.
Outro aspecto destacado por ele é a relação ambiental. “A obra industrializada não gera resíduo sólido, o que contribui muito para a preservação do meio ambiente” – enfatiza.
O nível de crescimento do Nordeste está acima do nacional, sugerindo que a região se tornou importante tanto a nível nacional como internacional. O palestrante destacou que Alagoas tem investido bastante em tecnologias de industrialização, o que tem ocorrido, principalmente, com empresas com obras do programa Minha Casa, Minha Vida.
O evento teve como público alvo empresários, profissionais e estudantes ligados ao setor da construção civil. O seminário tem o objetivo de apresentar novas normas e soluções práticas para a racionalização dos sistemas à base de cimento.
Segundo estudos da Fundação Getúlio Vargas, de 2010 a 2024 o Brasil deverá construir cerca de 23,4 milhões de novas moradias para atender à formação das novas famílias, reduzir o déficit habitacional e eliminar as moradias precárias. “Os sistemas racionalizados são uma ferramenta importante para atender às demandas e superar barreiras, como a escassez de mão-de-obra e a redução de prazos. Permite também a eliminação dos desperdícios e dos resíduos nas obras, com ganhos para o meio ambiente", explica Eduardo Moraes, Gerente Regional N/NE da ABCP.