A integração das construtoras com os Arranjos Produtivos Locais (APLs) foi amplamente debatida em reunião da Comissão de Materiais, Tecnologia, qualidade e Produtividade (Comat) da CBIC, dia 3 de setembro, durante o 81º Enic, no Rio de Janeiro. O gerente Desenvolvimento Industrial do Sebrae/RJ, Renato Regazzi, convidado para explanar sobre o tema, destacou que, face às mudanças no cenário mundial globalizado, há a necessidade de se estabelecer um novo modelo de desenvolvimento da produção que seja capaz de proporcionar o desenvolvimento social e econômico, por meio do aproveitamento das vocações regionais locais. Apesar de em alguns estados já praticarem algum modelo de arranjo, faltam ainda ações integradas do setor com empresas que compõe os elos da cadeia produtiva.
"É necessário criar uma agenda nacional de integração das construtoras, em todas as regiões dos estados brasileiros, bem como desenvolver um programa de mobilização da indústria da construção, que gere as demandas do segmento para os próximos dez anos", frisa. Esta iniciativa, explica Regazzi, pode ser adotada por meio de fóruns, worshops, mostras e marketing conjunto. Ele cita como exemplo as rodadas de negócios realizadas no Paraná, por meio da parceria entre o Sebrae-PR e Sinduscon-PR, onde diversas empresas da cadeia produtiva da construção civil reúnem-se para mostrar seus produtos e serviços, e gerar negócios. "A divulgação destas ações também é um ponto muito importante e deve ser feita em conjunto com os fornecedores, até por uma questão de divisão de custos", diz, enfatizando que, como citou o presidente Lula na abertura do evento "O Brasil precisa de projetos, e neste contexto, a construção civil pode mostrar sua força e efetivamente se consolidar como uma plataforma de desenvolvimento do País", finaliza.