O Congresso Nacional aprovou ontem (15) o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2010. Dentre as novidades, a eliminação do dispositivo que autorizaria o governo, na hipótese de não aprovação pelo Congresso do Orçamento Anual, a gastar o equivalente a 1/12 avos por mês dos investimentos previstos em sua proposta encaminhada ao Parlamento. Pela regra vigente seria 1/12 avos da execução orçamentária do ano anterior. Outra novidade, é que a votação da lista de obras com indícios de irregularidades graves, feita durante a análise do projeto orçamentário, poderá ser precedida de audiências públicas. Os debates contarão com os responsáveis pelas obras. Tal medida pode evitar a paralisação sumária das obras. Além disso, o projeto reduziu para até R$ 22,5 bilhões o dinheiro a ser economizado com o superávit primário, para destiná-los a obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no próximo ano. A esse montante, o Executivo poderá acrescentar os recursos de um eventual excesso de superávit primário em 2009, que foi de onde surgiram os recursos deste ano para o Programa Minha Casa, Minha Vida, e os chamados restos a pagar, que são as dívidas do governo de orçamentos de anos anteriores. Os recursos do PAC não poderão ser contingenciados.